A decisão de engravidar é um momento de grande expectativa e preparação para o casal. Para mulheres que convivem com transtornos mentais, como ansiedade, depressão, transtornos do humor ou outro, esse planejamento se torna ainda mais essencial.
A gestação traz inúmeras mudanças hormonais, emocionais e físicas que podem impactar diretamente a estabilidade da saúde mental. Além disso, algumas medicações psiquiátricas exigem ajustes antes da concepção para garantir a segurança da mãe e do bebê. Por isso, um planejamento adequado e um acompanhamento especializado são fundamentais para que essa fase seja vivida com tranquilidade e segurança.
Se eu estivesse planejando retirar o DIU ou parar a pílula em alguns meses, este seria o momento ideal para organizar cada detalhe. Confira abaixo um checklist completo do que EU faria se estivesse me preparando para essa nova fase – e que pode te ajudar na sua decisão.
Se você já ouviu falar sobre esse quadro ou conhece alguém que passou por isso, continue a leitura para entender como a mente pode “enganar” o corpo e por que é tão importante buscar ajuda psiquiátrica e psicológica nesses casos.
9 meses antes de interromper o método contraceptivo
Se eu já tivesse um diagnóstico psiquiátrico e fizesse uso de alguma medicação, minha primeira providência seria agendar uma consulta com um psiquiatra especializado na gestação.
O que avaliaríamos?
Segurança dos medicamentos: Algumas medicações psiquiátricas podem ser usadas na gestação, enquanto outras precisam ser ajustadas ou substituídas. Não interrompa nada sem orientação médica.
Prevenção de recaídas: O risco de descompensação emocional pode ser maior na gravidez e no pós-parto, então eu me certificaria de estar emocionalmente estável antes de engravidar.
Impacto do sono: Distúrbios do sono são frequentes na gravidez e no pós-parto. Eu já pensaria em estratégias para garantir um sono de qualidade, pois sei o quanto ele impacta a saúde mental.
Monitoramento contínuo: Eu manteria consultas regulares durante a gestação, para ajustes terapêuticos conforme necessário. Vale lembrar que algumas medicações exigem ajuste para baixo e outras, ajustes para cima durante a gravidez.
📌 8 meses antes
Além do acompanhamento psiquiátrico, eu também marcaria uma consulta com um ginecologista obstetra para avaliar minha saúde física e tirar dúvidas sobre a fertilidade.
✅ Faria exames gerais: Checaria a função da tireoide, hemograma, glicemia e vitaminas.
✅ Corrigiria deficiências nutricionais: Muitas mulheres têm déficit de ferro, vitamina D ou B12, que podem afetar tanto a fertilidade quanto a saúde mental.
✅ Ajustaria a suplementação: Começaria a tomar ácido fólico pelo menos 3 meses antes de engravidar.
✅ Discutiria sobre fertilidade: de acordo com o histórico de ciclos irregulares, dificuldade para engravidar, ou idade.
📌 7 meses antes
Além do acompanhamento psiquiátrico, eu procuraria uma psicóloga especializada em saúde perinatal para me ajudar a lidar com as emoções dessa fase e prevenir o estresse.
✅ Identificaria gatilhos emocionais: Entenderia o que pode aumentar minha ansiedade e trabalharia nisso.
✅ Criaria estratégias para lidar com o estresse: Aprenderia técnicas para manter minha estabilidade emocional.
✅ Conversaria com meu parceiro e rede de apoio: Discutiria como as pessoas ao meu redor podem me ajudar no pós-parto.
✅ Planejaria o pós-parto: Como sei que essa fase pode ser emocionalmente desafiadora, eu me anteciparia e estruturaria meu suporte emocional desde já.
📌 6 meses antes
Se eu estivesse prestes a engravidar, buscaria um estilo de vida mais equilibrado, pois sei que isso impacta diretamente na saúde mental e na adaptação ao período gestacional.
✅ Regulando o sono: Dormiria cedo e garantiria boas horas de descanso.
✅ Fazendo exercícios regulares: Escolheria algo que gosto, como ioga, caminhada ou pilates, pois a atividade física ajuda na regulação do humor.
✅ Melhorando a alimentação: Evitaria dietas restritivas e priorizaria alimentos ricos em nutrientes.
✅ Reduzindo álcool e cafeína: o consumo excessivo pode agravar sintomas de ansiedade e afetar o bebê.
📌 5 meses antes
Se eu estivesse casada ou em um relacionamento estável, esse seria o momento de alinhar as expectativas sobre a gestação.
✅ Como será o suporte emocional? Meu parceiro está ciente da importância do meu bem-estar mental e sabe como me apoiar?
✅ Divisão de responsabilidades no pós-parto: Como podemos nos organizar para que eu não fique sobrecarregada?
✅ Participação no pré-natal psicológico: Terapia de casal pode ser uma excelente ferramenta para preparar ambos para essa nova fase.
📌 3 meses antes
Aqui, eu já teria ajustado o essencial e revisaria os últimos detalhes.
✅ Revisaria o tratamento psiquiátrico (se necessário).
✅ Confirmaria se meus exames e suplementos estão em dia.
✅ Definiria meu obstetra e minha equipe de acompanhamento.
✅ Ajustaria minha rede de apoio para o pós-parto.
✅ Refletiria sobre estratégias para lidar com as emoções da gestação e do puerpério.
Por segurança. O período gestacional e o pós-parto podem ser emocionalmente desafiadores. Um psiquiatra que estuda a perinatalidade
Ajustaria minhas medicações de forma segura, garantindo minha estabilidade emocional e a saúde do bebê.
Faria um monitoramento contínuo para evitar recaídas ou episódios emocionais intensos.
Preveniria transtornos perinatais, como depressão e ansiedade gestacional.
Me prepararia melhor para as mudanças emocionais e fortaleceria minha conexão com o bebê.
Se você quer garantir que sua gestação aconteça da forma mais segura possível para você e seu bebê, agende uma consulta e venha entender como um acompanhamento psiquiátrico especializado pode te ajudar nessa fase tão importante. 💙