Quando uma mãe “deixa de funcionar” pois chegou à exaustão.
Uma mulher se torna mãe e bum!! Com um pequeno intervalo de meses ela própria e várias outras pessoas ao seu redor simplesmente esperam que ela dê conta de tudo, resolva tudo, sempre sorria, sempre tenha forças, nunca se canse…
É verdade que a maternidade dá sim alguns superpoderes às mães, mas essa capacidade de aguentar tudo está supervalorizada e longe de ser a realidade!
E olha que aqui nem vou entrar no mérito da dor do parto, da depressão pós parto ou da força que tem uma mãe solo… hoje esse texto é sobre o mommy burnout, ou burnout materno.
O burnout materno é a síndrome do esgotamento prolongado de uma mãe, que cursa com baixa autoestima, tristeza, falta de ânimo e interesse, dificuldade de identificar-se com si mesma, dificuldade de se reconhecer em seus papéis sociais, sentimentos de culpa recorrentes, pensamentos de impotência, insegurança, exaustão que não melhora com o repouso, variações do humor, irritabilidade, esquecimentos frequentes, insônia ou aumento do sono diurno, compulsão alimentar, entre outros. A fase de maior risco tende a ser os quatro primeiros anos dos filhos, quando as demandas são maiores.
A raiz do problema não é a maternidade em si, mas sim parece estar no acúmulo de funções nessa fase da vida, como os cuidado com o bebê (às vezes sem ajuda do pai), a profissão, o gerenciamento estratégico da casa e da saúde de todos ali presentes; isso tudo associado a uma rotina desgastante, que não permite autocuidado e descanso suficientes, nem investimento em atividades que sejam realmente pro crescimento pessoal da mulher; e por fim, a cereja do bolo, que é uma crença arraigada na sociedade de que a mãe tem que dar conta de tudo sem se queixar, o que acaba colocando ainda mais pressão para que a mulher “pife”.
Temos que lembrar que o burnout materno não é uma síndrome com registro em classificações de doença, mas também a maternidade não é uma profissão regulamentada com folga semanal e férias remunerada. Logo, se a mãe adoece por esgotamento, um dilema e tanto se instala.
Como ajudar uma mãe em burnout?
E, mãe, peça e aceite ajuda; dividir o que sente ou dividir tarefas não é sinal de fraqueza; e não se sinta egoísta em reservar um tempo só para você.
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